A Crack Between Worlds

 

A Crack Between Worlds
{Original}

31.07.2024

Suportes:
Quadro 40x40cm, lápis de grafite, fita cola de pintor, gesso, tintas acrílicas, fixador final.




Processo:







Story behind it:


"A Crack Between Worlds" é uma obra que desafia a percepção e convida à introspecção profunda. A tela, de uma textura rica e complexa, foi trabalhada com gesso, criando uma base que, ao toque, revela uma tridimensionalidade palpável. A superfície é marcada por linhas perpendiculares precisas. Uma série de fissuras abstratas que representam as "aberturas" entre mundos.

A escolha de cores é deliberada e evocativa. O azul petróleo, profundo e enigmático, domina a tela, criando uma sensação de vastidão e mistério, como se o observador estivesse olhando para o abismo de um oceano insondável ou a imensidão do cosmos. Contrastando com este fundo escuro, o cobre brilha com uma intensidade calorosa, cortando a escuridão com uma luminescência quase etérea. O uso do cobre não adiciona apenas uma dimensão visual intrigante, mas simboliza também a energia e o dinamismo da abertura entre mundos, carregada de potencial e vitalidade.

A simplicidade aparente da composição é enganadora. Cada linha é uma decisão consciente, cada fissura uma janela para o desconhecido. O abstrato aqui não é ausência de significado, mas uma forma de abrir a interpretação para o infinito. A ausência de figuras ou cenários concretos permite que a mente do espectador preencha o vazio com a sua própria imaginação e reflexões, transformando a experiência de a observar em algo profundamente pessoal e subjetivo.

O gesso, com a sua textura granulada e irregular, reforça a ideia de que a superfície do nosso mundo é apenas uma casca fina, que pode ser facilmente rompida para revelar dimensões ocultas. As linhas de cobre que atravessam esta textura são como relâmpagos, iluminando o desconhecido.

"A Crack Between Worlds" é uma celebração do abstrato, uma exploração das fronteiras invisíveis e uma meditação sobre o potencial escondido no cotidiano. Em vez de oferecer respostas, a pintura propõe perguntas, convidando o espectador a contemplar o que pode existir além do que é imediatamente visível.
É uma obra que ressoa com a curiosidade inerente ao ser humano, a eterna busca por compreender o que está para além do nosso alcance e o fascínio pelos mistérios que residem no nosso mundo.




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